Ontem, ao mundo eu disse poesias,
Daquelas que em si a si mesmas definem
E que na alma o silêncio imprimem:
Metade em respeito que já se esquecia,
Metade em resposta a uma rima vazia!
Na seqüência dos versos eu vou me relendo:
"- Quem é o autor dessas letras tão pobres?"
"- Das rimas? Do som dedutível das vozes?"
"- Quem construiu tal poema tremendo?"
"- Calando e dizendo, calando e dizendo...?"
Então vejo o poema por mim assinado,
E mais do que os versos, o número espanta:
"- Um cento de textos é comemorado?"
"- Ou nem merecia sequer ser citado?"
Se boa ou terrível, a poesia é tanta
Que em vergonha e em louvor eu me vejo calado.
Centenas de versos, transborda um amor
Que inspira dos textos tamanha remessa;
Transbordam amigos do lado amador
Que sustentam o vício deste escritor;
E ao Deus que dará tudo aquilo que eu peça
António Soares
27-10-2004
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